Nem tech, nem pop: agro precisa de rodas para ser tudo

Pois é, quando as federações e confederações patronais do setor agropecuário sentiram-se relativizadas em sua importância para a economia e estigmatizadas por servirem “apenas” aos exportadores de bens primários, encomendaram à Rede Globouma campanha para revigorar sua imagem. Foi quando surgiu o slogan “Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é Tudo”, bobagem há mais de ano massivamente divulgada nas folhas e telas cotidianas.

Como presenciamos nos últimos dias, nem tech, nem pop, muito menos tudo. Faltam, pelo menos, rodinhas para que fosse tudo isso, pois só se justifica quando os produtos chegam aos destinos de consumo.

No passado erramos a matriz de transportes em país de tal extensão? Demos prioridade ao modal rodoviário e a mínima aos modais ferroviário, hidroviário e de cabotagem? Claro que sim, mas hoje em dia seria reclamar o leite derramado.

Deixemos, pois, o passado. Até porque, ainda vemos projetos de expansão dos modais adequados ao país serem abortados ou demorarem tanto na conclusão. Tudo se explica por canalhice política e falta de investimentos, públicos e privados, produtivos. Escolhemos premiar o rentismo.

Não, não é assim no mundo todo. Fora da Federação de Corporações, as raízes do neoliberalismo já começam a apodrecer. Aqui se espalham ao custo de desemprego e queda de renda entre trabalhadores.

Não pensem apenas na última semana. A situação vem-se tornando grave desde que, após o impeachment da presidente legitimamente eleita, Dilma Rousseff, mudou-se a política da Petrobras.

Por certo, isso não será agora, caos instalado, reconhecido por Brasília. Temer, Parente e ministros, ineficientes e fisiológicos cabeças duras (ou pior), vêm jogar tudo nos ombros das cotações internacionais da commodity e do câmbio.

Em parte, sim, mas essas altas são recentes. Não ocorrem desde outubro de 2016, quando os preços dos combustíveis passaram a sofrer reajustes muito mais altos e frequentes. Nem mesmo se preocuparam em proteger-se de sua volatilidade.

Mas não só. O senhor Pedro “Serpente” Parente, depois de desmontar as centrais produtoras de fertilizantes (quando na Bunge), começou a vender em peças a Petrobras, em retalhos como se faz em lojas de tecidos.

Isso, sem considerar a unicidade das etapas de prospecção, refino, distribuição e transporte, segmentos a serem integrados para o sucesso e que transformou a BR em uma das maiores petroleiras do planeta.

No absurdo, chegamos à importação maciça de derivados, o que fez a empresa perder mercado, restando às refinarias 25% de capacidade ociosa e a desovar o estoque de diesel norte-americano. Bonito, não, Dr. Parente?

Por seu lado, o ilegítimo presidente Temer cobriu o rombo com recursos orçamentários em meio a fabulosa crise fiscal. Além dos acionistas da empresa, mais alguém se beneficiou? Com certeza.

E quem não? Aqueles que há uma semana, valentemente, lutam pela sobrevivência, em oposição ao retrocesso que sofre o País desde 2016.

Sustentar uma atividade a custos crescentes, patrimônio se depreciando, e demanda em queda, faz impossível aumentar os preços dos fretes na mesma proporção, e justifica greve, paralisação, bloqueio, manifestação, locaute, peleguismo, “falta de solidariedade com o povo brasileiro”, enfim, o raio de nome que quiserem dar a isso.

Agronegócio, agropecuária, agricultura familiar sofrem. Sou de lá e vejo. Não há robótica inventada que leve tomates ou soja às nossas mesas ou aos portos para exportação.

O que mais me espanta. No momento em que um grupo representativo da sociedade causa abalo de tal envergadura contra um governo corrupto, golpista, com 5% de aprovação, entregando às pressas nossos patrimônio e soberania, as bandeiras vermelhas que se espalharam pelo País em protesto a tantos desmandos, inclusive a arbitrária prisão do ex-presidente Lula, se escondem e discutem um candidato a votar.

Quem espera faz a hora, não espera acontecer.

 

Fonte: Carta Capital

Michelin inova com roda flexível

A nova tecnologia Acorus, que é patenteada e desenvolvida pela Michelin, em parceria com a empresa internacional Maxion Wheels, para o mercado de pneus voltados para veículos de passeio, possui uma inovação que incorpora duas flanges (arruelas) de borracha flexível, montadas numa estrutura de rodas especial para criar uma roda flexível, que melhora a viagem e o conforto a bordo, além de ser responsável por absorver os impactos que podem ser causados por buracos e, até mesmo, ao bater nos acostamentos. A nova roda é compatível com todos os pneus já disponíveis no mercado, incluindo  ainda uma jante de liga, que é mais estreita do que a comumente comercializada, onde são colocadas duas flanges de borracha com uma inserção opcional para proteger a roda de liga.

Em relação a esta inovação, o diretor de Operações da Michelin, Florent Menegaux, relata que as rodas dos carros têm ficado cada vez maiores, à medida que contribuem para o aspecto mais “premium” que os carros possuem e grandes ligas brilhantes são parte integrante de todos os designs modernos dos veículos. “Porém, os pneus consequentemente de baixos perfis, com flancos curtos, são muito mais suscetíveis a danos nas estradas deterioradas, que possuem inúmeros buracos”, afirma.

Em testes realizados pela Michelin com um pneu 285/30R21, o veículo equipado com a tecnologia Acorus para passar por um buraco – com 80 mm de profundidade e 700 mm de comprimento -, a versão da jante padrão perfurou o pneu a 28 km/h, enquanto a roda flexível com tecnologia Acorus não perfurou, nem sofreu nenhum tipo de dano em nenhuma velocidade testada. A roda flexível, que foi lançada durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, será vendida inicialmente apenas com 19” e tamanhos superiores aos fabricantes premium de OE.

Tecnologia foi feita para qualquer marca de pneu. Foto: Michelin / Divulgação - Tecnologia foi feita para qualquer marca de pneu. Foto: Michelin / Divulgação

Pieter Klinkers, CEO da Maxion Wheels, comentou a importância do projeto. “Isto é decisivo para os itens. Ums roda padrão que consegue passar por um buraco pode danificar o pneu e, potencialmente, fazer uma fissura da jante de liga, colocando a segurança do condutor e dos passageiros em risco. Quando a roda flexível Maxion passa por um buraco, a flange da tecnologia dobra-se e protege o pneu e a roda, protegendo os ocupantes”, relata.

Além da redução dos danos, da segurança e da mobilidade melhorada, a roda flexível tem outras vantagens para o condutor. Ajuda a superar outras falhas associadas a pneus de baixa qualidade e flancos curtos – os níveis de conforto e ruído são melhorados devido à flange de borracha flexível que se encontra entre a roda e o pneu. Existe também um benefício ambiental no uso da tecnologia Michelin, a roda flexível foi concebida para ser compatível com qualquer marca de pneus, incluindo pneus de baixa resistência ao rolamento, o que se traduz em menos emissões de CO2 e mais economia de combustível. A inovadora solução de rodas significa também que menos rodas e pneus danificados são deitados fora após danos em buracos.

ORIGEM DO NOME

O nome ACORUS vem de Acorus Calamus, uma planta encontrada apenas em zonas úmidas que parece um caniço e aparece numa famosa fábula francesa: “O carvalho e o caniço”, com a sabedoria de “um caniço verga, mas não se quebra”. A roda flexível não só salvaguarda em caso de buracos e estradas fracas, como também marca um compromisso final no design das rodas de carros de passageiros, entre o aspecto robusto e o aspecto “premium”. No entanto, ainda não se sabe quando estará disponível no mercado.

 

Fonte: Diário de Pernambuco

É possível recuperar a roda de liga leve?

As rodas de liga leve dão um charme a mais aos automóveis. Por isso elas fazem tanto sucesso. Só que o alto preço leva algumas pessoas a consertá-las quando elas sofrem algum impacto mais forte ou depois de a rasparem em uma manobra. É bom ficar esperto com isso.

É possível consertar uma roda de liga leve? Depende do tamanho do estrago. Se ela esbarrou ligeiramente no meio fio, na guia, numa pedra ou no concreto, e acabou arranhada, raspada e exige um reparo de pouca profundidade, uma lixada, uma pequena usinagem ou aplicação de apenas uma pequena camada de solda com finalidade puramente estética, sem problema. Mas é uma decisão que depende muito do critério técnico dessa oficina de reparação.

Porque se o impacto de proporções amassou, empenou um pedaço da roda ou se uma parte dela se quebrou, ou apareceu uma trinca, aí é impossível e não se recomenda em hipótese alguma o reparo.  Pois, ele vai exigir uma reconstituição da peça que pode ficar perfeito a olho nu, com a aparência perfeita. Porém, pode ter ficado uma porosidade, uma trinca interna que só se percebe utilizando aparelhos sofisticados e muito caros do tipo ultrassom, o que só existem nas fábricas de rodas e dificilmente em uma oficina de reparação. E são exatamente essas porosidades ou trincas internas que podem não resistir quando submetidos a um esforço severo provocando o rompimento da roda e consequências graves.

rodas de liga leve

 

Fonte: AutoPapo

F1 considera adotar rodas maiores para 2021

Uma mudança de rodas de 13 para 18 polegadas está na lista do pacote de regras da F1 para a temporada de 2021 que atualmente está sendo formulada por um grupo de engenheiros liderado por Ross Brawn em conjunto com a FIA.

Uma fonte da F1 disse ao Motorsport.com que, no momento, é provável que a mudança será feita.

Quando questionado se ele concordava com isso, o diretor de provas da FIA, Charlie Whiting, disse: “Eu diria que sim. É parte do pacote que estamos discutindo.”

A Pirelli vem tentando a mudança há anos, até mesmo já fazendo demonstrações com conceitos dos pneus, com Charles Pic os utilizando em um teste com a Lotus, em 2014, e Martin Brundle em uma apresentação com um carro de GP2 em Mônaco, em 2015.

A empresa acredita que os pneus deste perfil, que já são vistos no WEC e Fórmula E, possuem mais em comum com a tecnologia de carros de rua do que os atuais de 13 polegadas, o que seria melhor para fins de marketing.

O argumento contra a mudança sempre foi de que isso teria grande impacto no desenho da suspensão, e, consequentemente, haveria um aumento de gastos, mas as opiniões estão mudando.

Algumas equipes até sugeriram para que a mudança acontecesse já em 2020, com os carros atuais. Contudo, o consenso é de que seria lógico esperar pelo grande conjunto de mudanças que virão em 2021.

O contrato de fornecimento exclusivo da Pirelli acaba em 2019, e uma mudança para as unidades de 18 polegadas seriam incluídas em qualquer proposta futura, o que estará aberto a fabricantes rivais.

A complicação seria que qualquer possível nova fabricante teria de desenvolver um pneu de 13 polegadas para uma única temporada, em 2020, antes da mudança para 18 polegadas.

Diretor executivo da Pirelli, Marco Tronchetti Povera, confirmou em Mônaco que a empresa italiana já está pronta para fazer a mudança.

“Estamos abertos”, disse. “Obviamente, eles precisam encontrar o regulamento certo e ter as equipes prontas para adotá-los.”

“Há um número de implicações aerodinâmicas, de suspensão e assim por diante. Quando as equipes estiverem prontas, nós estamos prontos.”

“Para nós, é sempre tecnologia. Estamos felizes com 13, estamos felizes com 18. Os pneus são mais visíveis, e quando maiores eles são, melhor é. Mas os desafios tecnológicos são diferentes.”

A prioridade para a Pirelli será organizar um programa de testes viável, o que exigiria um carro adaptado.

“No momento, ainda não discutimos isso em detalhes”, disse o chefe da Pirelli na F1, Mario Isola, ao Motorsport.com. “Porque não é apenas o regulamento de pneus que está faltando, mas todas as regras.”

“Dissemos que estamos pronto para fazer qualquer coisa que nos pedirem, com o tempo e os testes adequados. Essa é nossa posição.”

“Temos de fazer um plano apropriado. No passado, fizemos pneus diferentes, pneus mais largos, estamos sempre tentando seguir os pedidos da F1. Mas precisaremos de um carro adequado para testar. É uma situação similar à de 2016, com os pneus mais largos.”

Isola acredita que a mudança deveria esperar pelos novos carros de 2021. “Acho que 2020 está muito perto para uma mudança tão grande. Não faz muito sentido considerando que, em 2021, teremos outras mudanças, então é melhor fazer tudo de uma vez.”

Fonte: MotorSport